sábado, 27 de junho de 2009

Frans Krajcberg - Um Bonsaista sem Bonsai

Diz-se que a arte bonsai tem bastantes artes associadas.
Um cientista conhecido referenciou e até prova em contrario,está escrito, que o nossa personalidade é formada apartir do nosso meio,e tudo o que fazemos tem um pouco de tudo o que passámos.



Das dezenas de livros que passei os olhos da Empresa "National Geographic",ficou-me sempre alguns artigos realizados sobre um Sr. Pôlacobrasileiro bastante conhecido publicamente no Brasil e em todo o Mundo.
Fiquei sempre com palavras de textos interiorizados de publicações de entrevistas ,de artigos de revistas e livros,ficou-me sempre a imagem das suas esculturas relacionadas com a sua personalidade,e o sentido da sua arte.

Agora anos mais tarde,e com esta paixão que tenho pela tecnica Bonsai,vejo muitas vezes que para além da técnica os trabalhos que realizamos estão muitas vezes relacionados a nossa personalidade..
As nossas vivencias que inconscientemente vão interferir com os objetivos para os nossos projetos Bonsai.
Agora anos mais tarde,completamente envolvido,apaixonado,e companhia de bastantes horas da minha vida,as plantas que tento criar em vistas a torna-las numa arvore/vaso que goste de admirar.
Lembro-me muitas vezes deste Sr. actualmente com 89 anos de idade e que sem duvida uma das pessoas que está sem me aperceber sempre ligado a qualquer trabalho que faça.

E que descobri que é um Bonsaista sem qualquer Bonsai.

Frans Krajcberg

Parece-me bem neste espaço,que claro tem bastante de pessoal,reservar alguns zeros e uns,a esta pessoa.

Em baixo ficam algumas frases retiradas da versão em Português do Brasil(que brevemente deixará de existir com o acordo ortografico?)de um artigo deste Sr. publicado na edição de o nº 106 da versão Brasileira da revista National Geographic em Janeiro de 2009  e que também ajuda um pouco a entender a admiração que temos pelas formas da natureza desenhadas na madeira sem vida.



Da destruição surge a beleza. O renascimento de algo considerado morto.

"...Frans, agora com 88 anos, já passou por muita coisa em sua vida. Atravessou duas guerras. Perdeu toda a sua familia. E chegou ao Brasil em 1950, fugindo do holocausto.

Depois da guerra e com sua chegada ao Brasil, Frans se escondeu, no ínicio, nas motanhas. O artista vivia sem conforto, a barba por fazer, tomava banho no rio e trabalhava sem parar. "Eu não suportava viver depois da guerra. Foi muito brutal para mim. Fiquei sozinho no mundo. Toda a minha família foi morta. Não tenho parente, não tenho nada."


Mas independente de tudo o que passou encontrou sua felicidade quando conheceu a:

Natureza brasileira.

"Ela me salvou. Sorria para mim e nunca perguntava de onde eu vinha ou que religião eu tinha. Foi quando descobri a vida."

"...Frans vive há 30 anos em uma casa feita sobre um tronco de pequi, a 7 metros do chão, em seu sítio a beira-mar em Nova Viçosa. Em um lugar ladeado por mangues e Mata Atlântica, o artista cita a importância de aproveitar o instante e saber olhar para as coisas. "Um dia nunca é igual ao outro", diz.

Krajcberg se tornou conhecido mundo a fora ao modelar árvores derrubadas, troncos e galhos aparentemente sem vida, que juntamente com sua critividade e habilidade, renascem em belas esculturas. Suas esculturas mostram que por mais que o homem a destrua, a natureza nunca está morta..."


"Quero que minha obras sejam um reflexo das queimadas. Por isso, uso as mesmas cores: vermelho e preto, fogo e morte", diz ele em protesto do que chama de barbárie do homem contra o homem e do homem contra a natureza.




Em relação à arte, o artista diz que a missão dela é acompanhar a evolução do homem e se não faz isso está servindo apenas ao comércio.

"A arte como conhecemos hoje, é feita para o mercado. Não se fala em estilo, linguagem, mas apenas em valor."

Frans Krajcberg, uma pessoa que mesmo passando por tudo que passou, não desanimou de viver e descobriu algo muito mais importante: ajudar sempre! Não importa que seja uma planta, um animal ou uma pessoa. Todos tem a mesma importância no nosso grandioso planeta Azul.






"Como posso gritar? Se grito na rua, vão me levar ao hospital como doido. Eu gostaria de mostrar as três motanhas de corpos do campo de concentração, mas não tenho essa foto, ou botar a imagem da árvore com os índios na exposição que fiz em São Paulo. Mas isso não consigo. Então, trouxe comigo pedaços de árvores, que o fogo deixou, unidos em escultura. É o único grito que posso dar, para mostrar minha revolta contra uma sociedade que só sabe exibir brutalidade do homem com a vida. Está na hora de parar com isso."




Da destruição surge a beleza. O renascimento de algo considerado morto. É isso o que nos prova o artista plástico polônes Frans Krajcberg.