terça-feira, 30 de outubro de 2012




~ FIGUEIRA ZERO (1) ~

A FIGUEIRA





30 de Outubro 2012



como tinha mais ou menos planeado seria esta semana que iria transplantar esta ficus carica 
tinha feito também mais ou menos o planeamento de trabalho a semana passada como registei aqui no MONTE DE FIGUEIRAS


MONTE DE FIGUEIRAS MEDITERRÂNEAS 


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em cima estão os pontos que poderia começar desde já a tratar e é isso que vou registar

a madeira da ficus carica é uma madeira que se desfaz muito facilmente e isso é facilmente observado na natureza em que a sua caracteristica é aprodrecer e onde por algum motivo perde a proteção da sua casca e apodrece cria uros e saliências com a idade a sua proteção na natureza é tentar fechar por ela mesmo as partes mortas e quando não consegue é facilmente destruída pelo apodrecimento sendo essa uma das razões que é quase impossível de existir árvores da espécie na natureza muito idosas se não tiverem  humanos a cuidar das suas feridas 





e sabendo disso a "tática" que a própria espécie usa para se perpetuar foi a criação de sistemas de enraizamento fabulosos através dos seus próprios ramos dando assim continuidade à espécie

isto para tentar explicar a sua madeira morta em Bonsai penso que terá de seguir um pouco a sua caraterística natural ou  seja pôr de lado a exposição de madeira trabalhada ou de qualquer espécie de jim 

penso que a sua madeira morta terá de ser tratada para permitir que a casca com os anos a vá tapando criando ou uros  ou saliências que não passam da cicatrização de antigos "buracos"






a madeira desta espécie é de tal maneira fácil de apodrecer que os anos vão destruir a árvore se não for atenciosamente tratada

para isso e como o objétivo é criar semi/uros ou saliências cicatrizadas com a continuação dos anos e anos que espero que a árvore viva num vaso pensei que mesmo com os problemas de cultivo que a planta tem que era um trabalho que poderia ser iniciado sem interferir na sua reabilitação


e foi esse o primeiro trabalho que realizei hoje nesta pequena base 
a limpeza de todos os pontos que apresentavam madeira morta limpando-os pormenorizadamente até encontrar a parte dura da madeira 
raspando tudo o que estava podre mesmo tudo tentando pelo máximo não ferir os calos de cicatrização nesses "buracos"

e o sistema embora moroso e preciso foi bastante simples consistindo apenas em raspar e retirar com algumas  pequenas ferramentas  a frágil madeira que estava deteriorízada







aqui neste corte bastante grosseiro irei fazer o mesmo mas em mais etapas
para agora apenas retirei a madeira que não precisava e agora deixo apodrecer um pouco com o tempo para depois limpar e então aplicar produto protetor








tenho ensaiado desde à 3 anos para cá em pedaços enraizados da espécie um protetor que seja hiper forte e o protetor de madeira mais forte que conheço é o verniz maritimo
usado para proteger as madeiras das embarcações contra todo o tipo de agressividades desde o corrosivo sal dos mares  até aos fungos das algas etc

enfim para este objectivo estou a ensaiar este produto com bons resultados na madeira da ficus carica não deixando penetrar qualquer fungo malicioso ou corrusivo e deixando a natureza da espécie trabalhar livremente a "tapar" com os calos de cicatrização os "buracos" o que penso que dará um aspeto à árvore muito em consonância com a espécie com o passar dos anos



o aspeto penso que para agora não seja o mais importante mas sim o tratamento para dar continuidade ao trabalho
porem vou deixar aqui apontado em forma de fotografias como ficou este primeiro trabalho e o escuro do produto aplicado hoje com o tempo desaparece 






antes e depois





antes e depois






prontos acabada esta "operação" e realizei-a andes de transplantar a árvore para poder trabalhar melhor com a árvore mais fixa ao solo e ao vaso  muito mais fácil que depois de um transplante


como tinha registado por aqui a semana passada a planta está débil e precisava de saber a causa para tentar reabilitar a sua saúde e vigor e ao desenvazar a árvore rapidamente em milésimas de segundo descobri a causa dos problemas apenas e somente o estado do solo







um autentico bolo de lama que nem sei como a árvore sobreviveu se fosse outra espécie por certo não teria sobrevivido até hoje com o solo nas condições que estavam sem qualquer hipotese das raizes "respirarem"



pois a única hipótese seria lavar e retirar todo o solo antigo e voltar a cultivar as suas raízes as máximas possíveis num novo solo








mais uma vez uma fácil operação que culminou num envase a raízes desnudadas no mesmo vaso e num solo novo constituido por cerca de 80 por cento de akadama de grão pequeno e médio e vinte por cento de pedriscos 






pois espero que para o ano na primavera a planta responda bem e comece a ganhar vigor e saúde para daqui a dois anos começar então os interessantes e técnicos trabalhos de ramificação que esta espécie requer






2 comentários:

CYD disse...

Buen trabajo, te a quedado muy natural.
Especie difícil para mi la higuera, sobre todo para conseguir brotación trasera.

Atenciosamente

Rodrigo Sousa disse...

Hola Carlos.

No es solo para ti,es para todos qui trabajan con ela.

Es una especie muy,muy tecnica para hacer una buena arbole,pero es muy interesante.Paso a paso.

Gracias por el comentario y un saludo.